sábado, 5 de outubro de 2013

Leitura e Deleite



DINÂMICA DE GRUPO

REUNIÃO DAS FLORES

Em um lugar muito distante havia um lindo jardim que na primavera recebia muitos visitantes atraídos pela beleza de suas flores.
O jardineiro cultivava com muito amor todas as flores e conversava carinhosamente com todas elas. Certo dia ele resolveu fazer uma reunião na tentativa de compreender o comportamento de cada uma e teve uma agradável surpresa.
A primeira a se apresentar foi a MARGARIDA que levantou e saudou as colegas dizendo:
- Estou feliz por estar com todos vocês!
O encontro prometia ser bastante caloroso e animado. Um dos participantes já havia demonstrado interesse por uma certa flor, era o CRAVO que ao ser solicitado, sem pestanejar, sai rodopiando e cantarolando;
- “A rosa vermelha é do bem querer, a rosa vermelha e branca hei de amar até morrer”.
A ROSA ao ouvir a declaração de amor do cravo ficou mais vermelha ainda e muito emocionada respondeu:
- “Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer como é grande o meu amor por você”.
A reunião continuava com todos querendo se apresentar da melhor maneira possível. Chegou à vez da ORQUIDEA que também quis manifestar sua satisfação em participar da reunião e cantou:
- “Quando eu estou aqui eu vivo este momento lindo, olhando pra vocês e as mesmas emoções sentindo...”
Todo mundo queria expressar de alguma forma a alegria do encontro, foi quando a VIOLETA manifestou o seguinte pensamento de Guimarães Rosa:
- “O senhor... mire e veja. O mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. É o que a vida ensina”.
A HORTÊNCIA também quis mostrar seu talento artístico cantando, mas só sabia dizer:
- Amor I love you, Amor I love you, Amor I love you, Amor I love you, (bis).
Olhando ao redor viu-se de longe, altaneira, o lindo GIRASSOL que acompanhava as apresentações, observando e pensando como poderia manifestar-se para os colegas. Decidiu então dizer a seguinte frase:
- “Sempre que nos reunimos nossa amizade se fortalece e o néctar que produzimos dá melhor qualidade ao mel”.
O JASMIM já estava inquieto. Queria cantar mas não sabia. Então feito moleque sapeca convidou a todos para cantarem bem alto:
- VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ,
CANTAR E CANTAR E CANTAR
A BELEZA DE SER UM ETERNO APRENDIZ
AI MEU DEUS, EU SEI, EU SEI,
QUE A VIDA DEVIA SER BEM MELHOR E SERÁ.
MAS ISSO NÃO IMPEDE QUE EU REPITA:
É BONITA, É BONITA E É BONITA!
O jardineiro daquele dia em diante passou a reunir-se com mais freqüência e deleitar-se com a beleza de todas as flores, a cada encontro.



Autoras: Claudia de Carvalho dos Santos e 
Jóse Mári Palmeira da Silva
Orientadora : Ivanilza Reis



"Cadê o docinho que estava aqui?"

Escola Municipal Ezequiel Alves dos Santos
Série: 1º ano do Ensino Fundamental
Professoras: Claudia de Carvalho dos Santos e Jóse Mári Palmeira da Silva
Coordenadora : Ivanilza Reis
Público-alvo: Alunos em processo de alfabetização (6 a 7 anos)
Tempo estimado: 90 minutos                                  Município:  Ouriçangas-BA
GÊNERO TEXTUAL: PARLENDA
SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES
JUSTIFICATIVA
 É sabido que o educando precisa ter contato com o mundo letrado para obter o domínio da leitura e da escrita. Ler e escrever vai além da decodificação. Para tanto, no processo de alfabetização, é importante trabalhar os gêneros textuais, partindo dos textos de memórias, passados de geração a geração, por exemplo, a parlenda, para que a criança aprenda também, as estruturas de textos diferentes e com finalidades específicas.
De acordo a tradição popular as parlendas são versinhos com temática infantil que são recitados em brincadeiras de crianças. Possuem uma rima fácil e, por isso, são populares entre as crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Muitas parlendas são antigas e, algumas delas, foram criadas, há décadas. Elas fazem parte do folclore brasileiro, pois representam uma importante tradição cultural do nosso povo.
Nesse sentido, torna-se relevante desenvolver  com alunos do 1º ano uma sequencia de atividades de acordo os possíveis níveis de aprendizagem na sala de aula no sentido de usar  gênero PARLENDA para desenvolver a leitura e a escrita com base no que já está intrínseco.

OBJETIVOS:

ü Compreender a parlenda como uma brincadeira das palavras que rimam e sobretudo, incentiva  os aprendizes no processo de alfabetização a ler e escrever.
ü Desenvolver estratégias de leitura e escrita.
ü Desenvolver competências e habilidades próprias ao aluno falante, ouvinte, leitor e escritor.

ESTRATÉGIAS SUGERIDAS:

ü Apresentação e leitura do livro “Cadê o docinho que estava aqui”, com apoio de imagem para contar a história, de Maria Ângela Resende.
ü Instigar a curiosidade e a motivação dos alunos sobre o sumiço do docinho.
ü Apresentar a parlenda Cadê o toucinho que estava aqui” (domínio público) ,em cartaz.
ü Leitura da parlenda de forma coletiva, em dupla ou em grupo.
ü Divisão da turma em grupos para a realização das atividades propostas de acordo o nível de aprendizagem (alunos alfabéticos e não- alfabéticos).
ü Organização do texto fatiado com imagem em cartaz.
ü Distribuição das atividades.

RECURSOS:

  • Humano e materiais tipo: livro literário, cartaz confeccionado pelas crianças, atividades digitadas e imprimidas, lápis de cor, cola, tesoura, bandeja, forminhas de papel, pano de prato, texto–base (parlenda) em cartaz.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS:

1ª ETAPA:

TEMPO ESTIMADO: 30 minutos

ü Organizar à turma em rodinha e contar que trouxe uma bandeja cheia de docinhos, para serem saboreados. Perguntar para os alunos quais doces poderiam estar dentro da bandeja (coberta por um pano de prato). Deixar que expressem suas ideias e no momento de servir todos irão ver apenas as forminhas vazias. Em seguida, perguntar: Cadê o docinho que estava aqui?   
ü Ouvir  as ideias dos alunos sobre o que poderia ter acontecido. Quando a classe estiver curiosa para desvendar o sumiço dos docinhos, a professora poderá pegar o livro, que deverá estar embaixo da bandeja, e ler para a turma explorando bem as ilustrações que servirão para auxiliar na compreensão da história. Ao final da leitura, perguntar se alguém conseguiu descobrir quem pegou o docinho.
ü Em seguida, a partir da história narrada pela autora, Maria Angela Resende, convidar a turma para brincar como ela brincava; tocando em cada dedo da criança, dizendo o nome popular de cada um: dedo mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura-bolo e mata-piolho. Depois, pegar a mão da criança e perguntar: CADÊ O TOUCINHO QUE ESTAVA AQUI? 
ü Continuar o diálogo e no final, usar os dedos médio e indicador, para fazer os dois supostos pezinhos que subirão pelo braço da criança, até provocar cócegas nas axilas: “Foi por aqui, aqui, aqui... Achou!”
ü Conversar com os alunos sobre a transformação da frase original "Cadê o toucinho que estava aqui?" para "Cadê o docinho que estava aqui?". Explicar para as crianças que é uma característica do folclore quando o povo modifica o que ouve e passa de geração em geração. 

2ª ETAPA:

TEMPO ESTIMADO: 30 minutos

§  Apresentar aos educandos toda a parlenda Cadê o toucinho que estava aqui?” em cartaz para que realizem a leitura e exercitem a memorização. Em seguida, organizá-los em duplas ou em grupos para brincar de perguntas e respostas. A professora deverá determinar a parte do texto que irão recitar, distribuindo apenas as respostas digitadas e imprimidas em tiras de papel. Quando lançar a pergunta, quem estiver com a resposta correspondente vai organizando em cartaz o texto fatiado até formar a parlenda e ilustrando-a. É importante neste momento chamar a atenção da turma para a rima das palavras.

3ª ETAPA

   TEMPO ESTIMADO: 30 minutos

ü Distribuir as atividades que mostram as múltiiplas possibilidades de se trabalhar com alunos no processo de alfabetização, de acordo o nível de aprendizagem: para os alunos alfabéticos (texto fatiado, texto lacunado); já os silábicos- alfabéticos (cruzadinha observando o desenho, a quantidade de letras que cabem em cada quadro de acordo a imagem representada e texto lacunado); para os não-alfabéticos ( fazer a correspondência entre o nome e a figura, texto lacunado). Durante a execução das atividades, o(a) alfabetizador(a) deve ficar atenta para as hipóteses de escrita das crianças, bem como o domínio da leitura e da oralidade.

AVALIAÇÃO

§  É importante que durante toda atividade, a alfabetizadora observe a interpretação oral dos alunos e a participação na brincadeira com a parlenda. Bem como, deverá verificar como os alunos responderam as atividades de acordo a proposta apresentada a partir do texto “Cadê o toucinho que estava aqui?”

REFERÊNCIA

RESENDE, Maria Angela. Cadê o docinho que estava aqui?. São Paulo: Livraria Saraiva, 2011.

FONTE:http://www.jangadabrasil.com.br/dezembro52/ca52120b.htm. Acesso 17 de setembro de 2013.


































REFLEXÃO DE EXPERIÊNCIA

Entende-se que as crianças no período da alfabetização tem seus modos próprios de construir conhecimentos de ser criança, e que suas especificidades devem ser respeitadas. Como também, sabemos que precisam da ajuda do(a) alfabetizador(a) para conseguir ler, escrever, entender, interpretar e falar com autonomia. Para tanto, é de fundamental importância trabalhar na sala de aula textos que já saiba de memória para que perceba a leitura e a escrita de forma significativa.
Por isso é importante oferecer uma série de atividades de acordo o nível de aprendizagem de cada um(a) que ajudam a assimilar e construir novos conhecimentos e competências.
Vale clarificar que o gênero parlenda por ser um texto de memória possibilitou o trabalho a partir das condições didáticas dadas pela orientadora durante a aula, facilitando que cada grupo conseguisse realizar as atividades propostas para cada um. O texto utilizado para ilustrar as atividades foi CADÊ O TOUCINHO QUE ESTAVA AQUI?
Tais atividades desenvolveu em cada um(a) as competências e habilidades próprias do aluno leitor e escritor tão necessárias às eventuais aprendizagens na alfabetização. (segue em anexo)